WhatsApp: Usar aplicativos que garantem espionar é perigoso
Fique atento! Alguns aplicativos considerados espiões de WhatsApp podem roubar dados do seu dispositivo
Os aplicativos espiões, assim como spyware, extensões de navegador e software de computador, têm o potencial de colocar em risco tanto os dados individuais da vítima quanto os do perseguidor. Com promessas exageradas, tais como “espiar o WhatsApp remotamente apenas com o número de ligação gratuita”, os programas podem hackear conversas de mensageiros. No entanto, este tipo de programa utiliza das funções e do login de privacidade para coletar dados daqueles que utilizam o app, e eles vêm disfarçados com malware e adware e não entregam o que prometem, porque o WhatsApp está protegido com criptografia.
1. O spyware pode ser um malware disfarçado
Eles têm a capacidade de encontrar aplicações de spyware em diferentes formatos com a suposta conjectura de serviços de hacking remotamente. Entretanto, deve-se ter cautela, devido ao fato de que eles têm o potencial de tomar por garantido um perigo para o computador ou smartphone tanto daqueles que espionam quanto daqueles que estão sendo espiados.
Em um inquérito feito pela organização de estabilidade ESET, descobriu-se que o programa não funciona, devido ao fato de ser incapaz de contornar a criptografia de ponta do WhatsApp. Entretanto, as plataformas têm o potencial de serem usadas por criminosos para ativar adware, que é um malware publicitário que pode financiar o crime cibernético.
Além disso, como certos spywares requerem instalação de programas para funcionar, é viável que o usuário esteja realmente baixando os programas infectados por código malicioso. Isto, em paralelo, pode deixar o computador ou o telefone celular vulnerável a ataques mais sérios.
2. Há um perigo de ser adware
Também é viável que os aplicativos espiões sejam na verdade adware. Adware não são maliciosos na grande maioria das vezes, porém apresentam propagandas de forma agressiva, o que pode enfurecer os usuários. Além disso, o adware pode servir como porta de entrada para infecções mais graves, pois os cibercriminosos têm a capacidade de explorar vulnerabilidades nestas ferramentas.
As extensões do Google Chrome, por exemplo, são um perigo. Como você precisa instalar um programa para executá-las no navegador, é viável para os criminosos cibernéticos usar esta etapa para explorar buracos de estabilidade e fazer instalações suspeitas em seu computador sem seu consentimento. A mesma lógica se aplica aos aplicativos móveis, que têm o potencial de serem usados por criminosos para explorar vulnerabilidades em telefones capazes e facilitar as infecções por malware mais inseguro.
3. Os dados individuais têm o potencial de permanecer expostos.
Outro perigo na utilização destas plataformas é de ter seus dados individuais expostos na Internet.
Alguns programas e sites requer informações do usuário, como o sistema operacional utilizado pelo cliente e o número de telefone do contato a ser espionado, por exemplo. Com tais dados, os cibercriminosos têm a possibilidade de desenvolver malware para infectar um nicho ou alvo específico.
Se a maioria dos usuários que procuram tais serviços utilizam o sistema operacional Windows 10 ou Android 11, exemplificando, é viável para os atacantes desenvolver malware específico para atingir tais alvos.
Eles também têm a possibilidade de usar o número de telefone do cliente para um ataque mais específico e agressivo, bem como permitir que os dados pessoais sejam expostos a terceiros na Internet.
4. Os papéis invasivos deixam o cliente vulnerável
Outro ponto a ser considerado ao baixar programas que prometem espionar outras pessoas são os papéis exigidos pelas aplicações. Esses Apps podem aproveitar-se das permissões concedidas pelos usuários e até mesmo solicitar funções excessivas. Desta forma, além de deixar os celulares vulneráveis com o abuso destas concessões, eles também têm a possibilidade de acabar coletando dados suscetíveis, que depois têm a possibilidade de serem usados para exercer golpes.
5. Os aplicativos para espionagem do WhatsApp normalmente não funcionam
Aplicativos, software e extensões Chrome que mencionam espionagem de terceiros o WhatsApp remotamente não funciona. O mais alto que tais programas têm a capacidade de fazer é avisar uma vez que um contato esteja online no messenger e em que momento foram vistos pela última vez no chat – isto, é claro, se a “última observação” do cliente estiver habilitada. Lembre-se que estes dados já estão acessíveis nativamente no mensageiro.
Além de tudo, a criptografia end-to-end ou ponta a ponta do aplicativo evita a espionagem, pois não é viável corromper as mensagens recebidas e enviadas pelo WhatsApp. Portanto, o download de software suspeito e atribuir permissões elevadas podem ser prejudicial ao próprio espião, que concede os dados e informações em troca de um serviço que, na prática, não funciona.
Com informações da WeLiveSecurity, Kaspersky e MeTimeTech.